1 de outubro de 2011

Ano Liturgico


      É dever da Santa Igreja, não só a Instituição como também os fiéis, No decorrer do ano comemorar em dias determinados a obra salvifica de Cristo. Por isso, após o Concilio Vaticano II, se construiu um calendário que chamamos de Ano Litúrgico.

       Todo o Ano Litúrgico é chamado de ciclo anual onde a Igreja comemora todo o mistério de Cristo, da encarnação ao dia de Pentecostes e à espera da vinda do Senhor. Este ciclo anual é dividido em alguns outros ciclos que iremos conhecer agora!

              Ciclo do Natal

      O Ano Litúrgico tem inicio com o ciclo do Natal, mais precisamente com o tempo do Advento .

Advento

      O Tempo do Advento começa no  domingo que cai no dia 30 de novembro ou no domingo que fica mais próximo ao dia 30, terminando Véspera do Natal do Senhor, dia 24 de Dezembro. Este tempo possui dupla característica: entre os dias 17 e 24 de Dezembro volta-se para a preparação para as solenidades do Natal, e nas duas primeiras semanas, voltam-se os atenções para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. Esse tempo se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa e usa-se a cor litúrgica roxa com exceção do terceiro domingo do Advento, Domingo da Alegria ou Domingo Gaudete, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea  para revelar a alegria da vinda do libertador que está bem próxima.

   

Natal

        É o grande momento em que celebramos Deus que veio até nós, celebramos o Emanuel .

        A Igreja nada considera mais venerável, após a celebração do mistério da Páscoa, do que comemorar o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, o que se realiza no Tempo do Natal. Esse tempo vai do Natal do Senhor ao domingo do Batismo de Jesus. Os 8 primeiros dias, após o dia de Natal, formam a oitava de Natal, com duas festas importantes: Santo Estevão e São João Evangelista. No  domingo dentro da oitava, ou, em falta dele, no dia 30 de dezembro, celebra-se a festa da Sagrada Família de Jesus. No dia 1º de janeiro, oitavo dia do Natal, celebra-se a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, na qual se comemora também a imposição do Santíssimo Nome de Jesus.

      A Epifania do Senhor é celebrada no dia 6 de janeiro, a não ser que seja transferida para o domingo entre os dias 2 e 8 de janeiro, nos lugares onde não for considerada dia santo de guarda. No domingo depois do dia 6 de janeiro celebra-se a festa do Batismo do Senhor, onde se encerra o tempo do Natal.

       

O Tempo comum



       Além dos tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual trinta e três ou trinta e quatro semanas nos quais não se celebra nenhum aspecto especial do mistério de Cristo; comemora-se nelas o próprio mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos. Este período é chamado Tempo comum, usamos a cor litúrgica verde.

      

      O Tempo comum começa na segunda-feira que segue ao domingo depois do dia 6 de janeiro e se estende até a terça-feira antes da Quaresma inclusive; recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes do 1º domingo do Advento.

      

            Ciclo Pascal





O Tempo da Quaresma

   

      O Tempo da Quaresma visa preparar a celebração da Páscoa e usa-se a cor roxa. O tempo da Quaresma vai de Quarta-feira de Cinzas até a Missa na Ceia do Senhor. Do início da Quaresma até a Vigília pascal não se diz o Aleluia.



      Na Quarta-feira de abertura da Quaresma, que é por toda a parte dia de jejum, faz-se a imposição das cinzas que são um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.

        Ela ocorre quarenta dias antes da Páscoa sem contar os domingos (que não são incluídos na Quaresma) ou quarenta e seis dias contando os domingos



       Os domingos deste tempo são chamados 1º, 2º, 3º, 4º e 5º domingos da Quaresma. O 6º domingo, como o qual se inicia a Semana Santa, é chamado “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”, é o único dia do Ano Litúrgico que tem em sua liturgia dois trechos do Evangelho.

      

       A Semana Santa visa recordar a Paixão de Cristo, desde sua entrada messiânica em Jerusalém.

     

       Pela manhã da Quinta-feira da Semana Santa, o Bispo, concelebrando a Missa com os seus presbíteros, benze os santos óleos e consagra o crisma, esta é a ultima celebração da Quaresma.



O Tríduo pascal



      

       O sagrado Tríduo pascal da Paixão e Ressureição do Senhor resplandece como o ápice de todo o ano litúrgico.

 

       O Tríduo pascal começa com a Missa da Ceia do Senhor, possui o seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do domingo da Ressureição.

     

       Na Quinta-feira, além da missa da Santa Ceia e Lava-pés, temos um momento de adoração que lembra a oração de Jesus no Horto das Oliveiras e a Procissão do silêncio e prisão de Jesus, na qual o Santíssimo Sacramento é retirado da Igreja.



       Na Sexta-feira da Paixão do Senhor, é recomendado, pela Santa Igreja, a observação de jejum. Neste dia não temos missa em nenhum lugar do mundo e sim uma Celebração da Paixão do Senhor. Neste dia deve ser distribuída toda reserva eucarística da Igreja para simbolizar a ausência de Cristo entre nós. Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.



       No Sábado Santo, durante o dia, na tradição católica, é costume os altares ficarem sem toalhas, pois, tal como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações são as que fazem parte da Liturgia das Horas. Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, exceto o da Confissão. São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa. A distribuição da comunhão eucarística só é permitida sob a forma de viático.

      A Vigília pascal, na noite santa em que o Senhor ressuscitou, é considerada a “mãe de todas as santas vigílias”, na qual a Igreja espera, velando, a Ressureição de Cristo, e a celebra nos sacramentos. Portanto, toda a celebração desta sagrada Vigília deve realizar-se à noite, de tal modo que comece depois do anoitecer e termine antes da aurora do domingo.



 Tempo pascal

    

       Os cinquenta dias entre o domingo da Ressureição e o domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa, ou melhor, “como um grande domingo”.



       Em nenhum desses dias deve-se deixar de cantar o Glória.



       Os domingos deste tempo são chamados domingos da Páscoa e, depois do domingo da Ressureição, sejam chamados de 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º domingos da Páscoa. O domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias.

    

       Os oito primeiros dias do Tempo pascal formam a oitava da Páscoa e são celebrados como solenidades do Senhor.

   

       No quadragésimo dia depois da Páscoa celebra-se a Ascensão do Senhor, a não ser que seja transferida para o 7º domingo da Páscoa, nos lugares onde não for considerada dia santo de guarda.



       Os dias de semana depois da Ascensão, até o sábado antes de Pentecostes, constituem uma preparação para a vinda do Espírito Santo Paráclito.







Bibliografia





Ø  Normas universais do Ano Litúrgico e do Calendário

Ø  Sacrosanctum Concilium

Ø   www.comshalom.org

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